Atlanticus Fishing

Pescando em rios e represas desde pequeno com os ensinamentos de meu pai e conhecendo/iniciando a prática da pesca no mar em 1995, acompanhando meu irmão, passei a ser a mais um apaixonado pela pesca marítima.

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Baiacus

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BAIACUS são excelentes ladrões de isca.

Às vezes “roubam” a isca tantas vezes que irritam o pescador. Embora sua carne seja apreciada em algumas regiões, o baiacu normalmente é um peixe pouco valorizado e devolvido após ser capturado.

Possui a dentição muito forte e costuma cortar as linhas, anzóis e o que mais passar pela sua boca. Esta é, inclusive, uma das razões pelas quais a grande maioria dos pescadores perdem a paciência quando o baiacu aparece na pescaria:

E quando se trata do baiacu, todo cuidado é pouco no seu manuseio, pois basta um momento de distração para o pescador sofrer graves ferimentos, com risco até mesmo de perder o dedo ou um pedaço dele.

No Brasil existem diversas espécies de baiacus.

Os mais comuns são o baiacu pintado (Sphoeroides spp, família Tetraodontidae):

O baiacu arara (Lagocephalus laevigatus):

E o baiacu de espinho (Chilomycterus spinosus, família Diodontidae):

Independentemente da espécie e tamanho, os baiacus em geral apresentam duas características marcantes:

1ª) Inflam o corpo com ar ou água quando se sentem ameaçados, aumentando de tamanho para parecem maiores perante seus predadores e assim afastá-los ou até mesmo para os impedirem de engoli-los;

2ª) Possuem toxinas, principalmente em suas vísceras, as quais podem inclusive levar a pessoa à morte.

Nas fotos abaixo é possível perceber que o baiacu pintado estava se sentindo ameaçado e por isso inflou:

E no vídeo abaixo, encontrado no Youtube, é possível ver um Mero tentando engolir um baiacu. O peixe se utilizou desse mecanismo de defesa e acabou conseguindo escapar:

 

Se você está pensando em comer esse peixe, que aliás possui uma carne deliciosa, a leitura do artigo em questão é ainda mais aconselhada.

Os baiacus vivem em todos os tipos de ambientes, desde águas doces até recifes de corais, em águas rasas ou profundas e até mesmo em mar aberto. Estão quase sempre perto do fundo, solitários ou em pequenos grupos, comendo tudo que passar pela sua frente. Se alimentam desde peixes, moluscos e crustáceos, até mesmo a algas, vermes e plâncton.

Sua captura é relativamente fácil, podendo ser pescado tanto com iscas naturais, como também com iscas artificiais.

Na foto abaixo, por exemplo, o baiacu de espinho foi pego com camarão artificial e jighead:

Já na pescaria com isca natural, especialmente na pesca de praia, a captura do baiacu é um pouco mais complicada.

Isso porque o peixe costuma cortar as linhas e as vezes até mesmo os anzóis, então os pescadores se utilizam de anzóis encastoados e empates de aço para evitar a ruptura da linha e/ou do anzol, mas incrivelmente quando essa tática é utilizada o peixe raramente ataca a isca.

Seja como for, uma vez capturado o baiacu não oferece uma briga muito emocionante, principalmente se for o baiacu de espinho, que não raramente passa ao pescador a sensação de estar trazendo uma sacola de plástico cheia de água…

Talvez a única espécie de baiacu que renda uma boa briga é o baiacu arara, o qual é também o menos venenoso dos baiacus.

Independente de tudo isso, o baiacu é um peixe muito comum em nossas águas e merece todo o nosso respeito e consideração, não é mesmo?

E aí? Gostou da matéria?

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